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Overon America, uma subsidiária da Overon, é uma das maiores empresas de comunicação e radiodifusão da Espanha que busca causar um maior impacto na América Latina, particularmente antes dos importantes eventos esportivos que serão realizados no Brasil nos próximos três anos. A empresa oferece uma variedade de soluções de transmissão, capacidade satelital e por fibra, serviços de teleporto e serviços de transmissão pela Internet. O diretor executivo da Overon America, Oscar Lopez, fala sobre como a empresa está desenvolvendo seus negócios na América Latina e qual será o próximo passo.
VIA SATELLITE: Quais são os principais desafios para a Overon durante os próximos 12 meses? A recessão econômica mundial teve um impacto sobre as receitas de publicidade? O que você considera como os principais propulsores de crescimento para o seu negócio?
Lopez: Nas Américas, o maior desafio para os próximos 12 meses será o crescimento do mercado e a comunicação com os cliente potenciais. Somos uma empresa bem conhecida na região, porque somos responsáveis pela distribuição da liga espanhola de futebol. Esta é uma boa entrada no mercado. Temos um teleporto e um escritório comercial em Miami, onde também estamos desenvolvendo o mercado ad hoc neste momento com uma base independente ali, mas a nossa ideia é ter cerca de 10 pontos de recepção de informação por satélite (SNG) na região. O objetivo principal é estabelecer relações mais sólidas com os nossos clientes.
VIA SATELLITE: Quais são as suas demandas de capacidade satelital? Como você descreveria a sua parceria com a Intelsat?
Lopez: Na América Latina, há uma forte demanda por capacidade satelital. Atualmente, as redes de fibra não são tão avançadas em termos de desenvolvimento. Em geral, há uma série de novos canais que entram no mercado e, além disso, estes grandes eventos irão gerar um aumento na demanda de capacidade satelital. Trabalhamos não só com a Intelsat, mas também com a Hispasat, SES, e Satmex, os quatro principais investidores da região.
VIA SATELLITE: Onde o satélite se encaixa no ecossistema total da radiofusão na América Latina?
Lopez: O principal problema neste momento, na região, é a capacidade de rede. Há uma falta de capacidade de fibra e satélite que oferece uma solução em termos de conteúdo às estações de cabeceira de cabo. Este é um grande mercado e a Intelsat e a SES são líderes neste setor de distribuição à estações de cabeceira de cabos. No que se refere à televisão por assinatura (DTH), cada país tem uma posição interessante. No Brasil, o Amazonas tem a posição mais interessante. Nos próximos cinco anos, os serviços de transmissão livre (OTT) serão o futuro na América Latina, enquanto que na Europa e nos Estados Unidos, são o presente. Todos estão falando sobre a os serviços de transmissão livre estes tipos de serviços. Nossa opinião é que as soluções serão uma combinação de OTT e satélite.
VIA SATELLITE: Você acredita que os serviços de transmissão livre (OTT) terão um forte impacto na América Latina?
Lopez: Terão um forte posicionamento na América Latina. Na Europa são uma realidade, e uma grande porcentagem da população os utiliza.
Um dos nossos serviços é tirar conteúdo de outros países, por exemplo, do Brasil, e distribui-lo para a Europa através de satélite. Quando se distribui conteúdo via satélite, em primeiro lugar, não se controla o sinal, não se recebe feedback. Em segundo lugar, paga uma grande quantia em dinheiro para as melhores posições na Europa, como o Hotbird, por exemplo. Os clientes estão mudando sua forma de pensar e as empresas de radiofusão estão tentando implementar a transmissão livre – este será o futuro de todas as regiões. A Europa e os Estados Unidos já estão preparados e, pouco a pouco, o mercado está se encaminhando para a transmissão livre. Os jovens entre 20 e 30 anos estão acostumadas a ver tudo pela internet, não querem seguir canais lineares, porque querem controlar o canal e assistir TV em qualquer lugar. Esta é uma mudança muito importante para nós, estamos tentando nos preparar para isso. Estamos implementando uma plataforma de transmissão livre na Espanha, e estamos construindo, a partir da Espanha, parte da plataforma de transmissão livre de um de nossos clientes dos Estados Unidos. Overon está tentando se adaptar ao novo negócio. No início, éramos um provedor de serviço satelitais, e agora, somos uma empresa de gestão de conteúdos. Nosso cliente nos diz o que necessita, e a Overon implementa uma solução com uma combinação de satélite, fibra, Internet, etc.
VIA SATELLITE: Poderia nos contar sobre as principais iniciativas em que a Overon esteja trabalhando em termos de entrega de conteúdo na América Latina?
Lopez: Temos três projetos com conteúdo muito importante na América Latina que estaremos implementando nos próximos meses. Estivemos nos Estados Unidos durante apenas 12 meses, mas o sentimento é totalmente diferente do da Europa. Na Europa, estamos diante de uma profunda crise. Todos pensam em redução de custos, e fazer as coisas a um custo mínimo. As emissoras estão até fechando canais. Como existe uma oportunidade natural de expansão, a Overon está trabalhando muito na América Latina, onde todos os países têm crescido ao longo dos últimos três anos e se espera que este crescimento continue por mais três. De forma que este modo de pensar é totalmente diferente: Há novos serviços e aplicações. Na Colômbia, estão considerando como podem levar a televisão para um milhão de lares que nunca receberam sinal de TV. É um ponto de vista totalmente diferente.
VIA SATELLITE: Quais as tendências que você vê no mercado de transmissão?
Lopez: Estamos oferecendo os mesmos serviços que oferecemos na Europa: serviços ocasionais e permanentes. No mercado de serviços ocasionais, encontramos uma forte segmentação. Estão aparecendo no mercado novos produtos como as soluções de Streambox, com operadoras de telefonia móvel. Também há os serviços de FTTP para difusão e mais. Esta parte do mercado está muito segmentada atualmente. Estamos tentando ser um prestador de serviços e oferecer aos clientes um serviço completo, sem importar qual será a tecnologia que iremos usar. Seja 3G, 4G, satélite ou fibra, vamos nos encarregar de oferecer aos clientes um serviço ao vivo. Estamos desenvolvendo soluções com a maior rapidez possível. As tecnologias mudam constantemente.
No que se refere à distribuição, temos duas plataformas, uma para o mercado doméstico, e outra para a distribuição panamericana, que provavelmente teremos nos próximos meses. Não pensamos apenas em soluções satelitais. Dispomos de uma plataforma de transmissão livre na Espanha, a qual tentamos copiar nos Estados Unidos para desenvolver estes serviços. Esperamos fazê-lo antes do final do ano.
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